Loney, Dear - Loney, Noir

Loney, Dear é uma projeto/banda de um cara só, que atende pelo nome de Emil Svanängen, e é mais uma das pérolas que chegam até a mim lá das terras da Escandinávia, precisamente de Jönköping, uma cidadezinha da Suécia (claro!). Svanängen é compositor e muti-instrumentista e começou o projeto em 2000 gravando suas musicas em um estúdio improvisado em seu apartamento e no porão da casa de seus pais. O resultado foram 4 quatro álbuns caseiros, lançados apenas na Suécia, em CD-R no período de 2003 a 2006. Um desses álbuns chamou a atenção do pessoal da Sub Pop Records e foi relançado esse ano.

O disco em questão é o excelente ‘Loney, Noir’. Ao todo são 10 canções que desfilam por efêmeros trinta e três minutos, construindo uma atmosfera de simplicidade e delicadeza. As melodias vão das irradiantes e ensolaradas passando pelas tristonhas e melancólicas, mas cobertas por uma áurea doce e positiva.

Tudo é singelo e minimalista, invocando perfeição, onde os belos arranjos passeiam pelo folk e indie pop. O timbre gostoso de Svanängen se junta a barulhinhos, xilofones, palmas, violão, baixo, guitarra acústica e sopros para construir camadas que se sobrepõem no decorrer de cada musica.

Lindamente triste , ‘Sinister In The State of Hope’ é a faixa que abre o disco em que Svanängen clama por esperança em uma noite fria de verão. Coisa linda. Seguida por ‘I Am John’, irresistivelmente alegre e viciante, vem com falsetes, clarineta e xilofones é o primeiro single do álbum e com vídeo no Youtube. ‘Saturday Waits’ é uma daquelas que exala candura é uma das minhas preferidas. Em ‘I Am The Odd One’, Svanängen lamenta "I am sorry, honestly I'm sorry, I ruined your day". O album segue com a curta ‘I Will Call You Lover Again’ e ‘The Meter Marks OK’, que lembra muito uma valsinha. ‘And I Won't Cause Anything At All’ encerra o disco com uma base eletrônica que combina perfeitamente com a voz de Svanängen, e que remete a um Postal Service.

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